Boletim Semanal

quinta-feira, 31 de maio de 2007

O mundo alerta sobre os riscos da exposição à fumaça do tabaco








A cada ano morre pelo menos 200 mil trabalhadores, expostos à fumaça do tabaco no seu ambiente de trabalho, conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT-2005)


O tema da campanha do “Dia Mundial Sem Tabaco” 2007 promovido pela Secretaria de Participação e Parceria, por meio do Conselho Municipal de Políticas Públicas de Drogas e Álcool (COMUDA), é “Ambientes livres de tabaco”. O evento foi realizado nesta manhã, dia 31, das 9h às 13h, no Viaduto do Chá, com intuito de motivar a população de fumantes a passar um dia sem fumar.

Quem passar pelo local no horário estabelecido poderá conferir um cigarro de 12m de comprimento e 6,5m de diâmetro, além de painéis com imagens do tema e uma exposição sobre doenças relacionadas ao tabaco, tratamentos e formas de vida saudável.

Segundo um estudo do Instituto Nacional do Câncer (INCA), nos últimos anos cresceu o índice de doenças graves como câncer de pulmão e enfarto em pessoas que não fumam, mas que têm contato com a fumaça, classificadas como fumantes passivos. Nesse grupo mulheres e crianças são as maiores vítimas do tabagismo.

Esse dia é celebrado há 20 anos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que anualmente escolhe um tema, no qual é abordado pelos 192 países-membros, conforme sua realidade socioeconômica e cultural.

Conheça as principais razões para a implementação do ‘Ambiente livre de tabaco’, divulgadas pelo INCA:

- A exposição à fumaça ambiental do tabaco mata e causa graves enfermidades;
- Ambientes 100% livres da fumaça do tabaco protegem plenamente os trabalhadores e o público dos graves efeitos prejudiciais da fumaça do tabaco;
- Todos têm o direito a respirar o ar limpo isento de fumaça do tabaco;
- A maioria das pessoas, em todo o mundo, não é fumante e tem o direito de não estar exposta ao fumo de outras pessoas;
- As proibições ao fumo são amplamente apoiadas, tanto por fumantes quanto por não-fumantes;
- Ambientes 100% livres da fumaça do tabaco ajudam a impedir que as pessoas – especialmente os jovens – comecem a fumar.
- Ambientes 100% livres da fumaça do tabaco incentivam os fumantes que desejam deixar de fumar a reduzir ou a abandonar o fumo.
- Ambientes 100% livres da fumaça do tabaco são bons para os negócios. As famílias com crianças, grande parte dos não-fumantes e até mesmo fumantes, freqüentemente, preferem ir a locais livres da fumaça do tabaco.
- Ambientes 100% livres da fumaça do tabaco custam pouco e funcionam.

Elisa Limbeck

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Zona sul terá um bairro universitário


Acessibilidade, reestruturação do sistema viário, melhorias no pavimento e sinalização são alguns exemplos do projeto que atingirá futuramente outras regiões da capital.

A pedido da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) o prefeito Gilberto Kassab apresentou nesta última terça-feira, dia 29, na Vila Clementino (zona sul de SP), uma série de intervenções para transformar o entorno da universidade em “bairro universitário”.

Esse projeto facilitará o acesso de aproximadamente 30 mil estudantes, professores, pacientes que passam pela região, além de pessoas com mobilidade reduzida.

No bairro há uma grande demanda de comércio, escolas e prestação de serviços na área da saúde, como o Hospital do Servidor Público, AACD e APAE.

As ruas Pedro de Toledo, Borges Lagoa, Loefgreen, Botucatu, Napoleão de Barros, Diogo de Farias, dos Otonis e Estado de Israel passarão por reformas imediatas, mas no total, a obra ocupará 22 ruas em 48 quarteirões.

“Um novo planejamento urbano, integrado com o crescimento da Unifesp. Aqui nós fazemos um bairro universitário planejado, centrado nas ações da universidade. O projeto piloto será aperfeiçoado ao longo de sua execução, para que possa ser estendido a outras regiões de São Paulo” disse o prefeito.

Em março deste ano, a Subprefeitura da Vila Mariana concluiu uma parte do projeto em uma área de 7 mil m². Nas calçadas da rua Pedro de Toledo foram reconstruídas 32 rampas de acessibilidade.

A Secretaria Municipal de Transportes, por meio da São Paulo Transporte (SPTrans) também realiza obras na redondeza para tornar o local totalmente acessível aos deficientes físicos, além do corredor de ônibus Capelinha/Ibirapuera/Santa Cruz previsto para daqui a sete meses. Neste trecho passam 36 linhas de ônibus que transportam cerca de 75 mil passageiros por dia.

O estudante e morador da Vila Clementino, Fábio Luís de Paula vê o projeto positivo para a Subprefeitura e Unifesp, mais tem receios em relação aos moradores do bairro. “Haverá um aumento considerável de pessoas circulando pela região. Com isso, o trânsito ficará mais intenso, irá interferir na locomoção dentro do bairro, pode atrair ambulantes e gerar assaltos aos pontos comerciais. Será uma grande mudança em nosso cotidiano” concluiu.

Texto e foto: Elisa Limbeck

segunda-feira, 28 de maio de 2007

With or Without You

U2


See the stone set in your eyes
See the thorn twist in your side
I wait for you

Sleight of hand and twist of fate
On a bed of nails she makes me wait
And I wait without you

With or without you
With or without you

Through the storm we reach the shore
You give it all but I want more
And I'm waiting for you

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you

And you give yourself away
And you give yourself away
And you give
And you give
And you give yourself away

My hands are tied
My body bruised, she's got me with
Nothing to win and
Nothing left to lose

And you give yourself away
And you give yourself away
And you give
And you give
And you give yourself away

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you
With or without you





segunda-feira, 21 de maio de 2007

Motoristas de ônibus fazem manifestação em São Paulo

Trabalhadores do Sistema de Transporte Público de São Paulo e do Sindicato dos Motoristas realizaram passeata nesta última sexta-feira, 18, no centro da capital.

As reivindicações eram por melhores condições de trabalho, reposição salarial,

contratação de mão-de-obra feminina e de pessoas com deficiências físicas, um transporte justo para a população, entre outros.

A manifestação contou com a presença de 4.000 pessoas, gerando trânsito intenso na região, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

Texto e Fotos: Elisa Limbeck

Mais fotos da manifestação

























Elisa Limbeck

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Empresas investem em ações de cidadania


Levar os funcionários a refletir sobre suas atitudes no dia-a-dia é a proposta para se ter um ambiente de trabalho produtivo.


Por Elisa Limbeck

Cada vez mais as empresas se preocupam em estabelecer um bom ambiente de trabalho aos seus funcionários. Proporcionar a melhora de oportunidades na ascenção profissional e o respeito aos semelhantes são exercícios de cidadania que o “Selo Diversidade no Trabalho” propõe.

Este projeto foi criado pela Comissão Intersecretarial de Monitoramento e Gestão da Diversidade (CIM-Diversidades), da Secretaria do Trabalho da Prefeitura de São Paulo. Uma marca conferida a empresas, associações civis e sindicais, entidades públicas e privadas envolvidas no combate a qualquer tipo de discriminação e na promoção da diversidade no ambiente de trabalho.

Causar inquietação para mostrar que todos são iguais, independentemente da sua cor, raça, sexo, classe social ou origem, são reflexões desnecessárias ao ser humano, mas, a realidade é diferente.

Além da irracionalidade do ser humano, nessa questão, a sociedade está menos sensível aos fatos que acontecem no mundo. Terrorismo, catástrofes naturais, pedofilia, violências em diversos segmentos, entre outros, são assuntos presentes nos noticiários do dia-a-dia, que geram o conformismo social.

Um exemplo disso é o assassinato do índio Pataxó, Galdino, em Brasília, há 10 anos. “Vítima da certeza que se têm da impunidade, de estarmos numa sociedade dos que mandam e dos que obedecem” disse o antropólogo João Lindolfo.

A solução para minimizar a exclusão social é trabalhar com a diversidade porque olhares multiculturais sobre o mesmo problema e experiências diferentes no confronto trazem saltos qualitativos tanto para a empresa quanto à própria pessoa, afirma Lindolfo.

Dica: Assista ao documentário "Vista a minha pele". Uma paródia divertida sobre a vivência direta ou indireta do cotidiano, o preconceito, em todos os seus aspectos ideológicos. Sua mensagem sugere que as pessoas vistam um a pele do outro e sintam o que ele passa ou já passou e conclua se vale à pena ser averso a outras raças.


Acompanhe a entrevista exclusiva com o antropólogo, João Lindolfo, realizada no dia 19 de abril, “Dia do índio”.

Limbeck: A sociedade aceita facilmente os fatos que abalam o mundo. Porque há esse conformismo social?

Lindolfo: Pela existência de padrões ideológicos que vem sendo introjetado cotidianamente, como a questão da soberania de uma nação sobre a outra, de alguns povos sobre os outros, acabam se tornando algo muito natural. As pessoas “mais antenadas” que por algum momento chegam até se contrapor, acabam não encontrando eco no seio da sociedade.

Limbeck: Como você vê o preconceito no Brasil?

Lindolfo: Eu acho que 500 anos para um país é pouco tempo. O Brasil ainda é um menino, mas que tem essa grandiosa e linda diversidade, essa mestiçagem e interação entre todos os povos. É um país que você pode ver judeus e muçulmanos de mãos dadas, o que é uma metáfora pra dizer como os povos aqui convivem de forma pacífica e satisfatória entre si.

Limbeck: Qual é a solução para os brasileiros acabarem de vez com o preconceito?

Lindolfo: A solução é justamente o exercício cotidiano de micros revoluções e reflexões. Temos que nos desvencilhar dos padrões ideológicos e daquilo que se convenciona chamar de senso comum. Caminhar rumo a perspectiva, à persistência do ser humano, da realidade escolhida e não a dada. Se cada um na sua reflexão e atuação cotidiana considerar a valorização do outro, a possibilidade de um raciocínio privado de conceitos pré-estabelecidos é um bom caminho para a semente de dias melhores.

Limbeck: De quem é a culpa da alienação de nossa sociedade?

Lindolfo: A mídia em geral sofre de antemão alguns filtros e a população acaba absorvendo uma realidade dada. Então, recebe-se uma realidade muitas vezes fabricada, criando um senso comum a partir disso. Essa reflexão que pode vir a surgir ou que está surgindo aponta para a possibilidade da transcendência, uma realidade escolhida que é fruto de uma reflexão, de uma conceituação. A mídia no geral e as propagandas fazem com que as pessoas acabem absorvendo aquilo tudo como realidade absoluta.

Limbeck: Na sua concepção qual será o futuro dos índios na situação sócio-cultural atual no país?

Lindolfo: Quando se fala em preservação ambiental é muito interessante porque dizem: vamos preservar a natureza? Então, preservar a natureza é preservar também o humano. Devemos preservar um ao outro, inclusive os índios e nessa perspectiva que eu estou falando, não só preservar como aprender. Com isso pode surgir um olhar especial, solidário e inclusive até submisso para com o índio. Torna-se necessário aprender com ele e saber que preservar o meio ambiente não é preservar o seu quarteirão. O sistema, a atmosfera é uma só, então, aquele que preserva lixo no lixo, denuncia queimadas, eu acho que contribui para saltos qualitativos.

SPTrans: Qual a mensagem para a sociedade?

Lindolfo: Eu vi uma frase pichada numa parede, porque onde há paredes pichadas eu julgo que há jovens insatisfeitos, dizia assim “Não compre jornal, minta você mesmo”. Eu não acredito nisso! Leia o jornal sim, mas filtrem as notícias que você lê.

João Lindolfo - formado em Ciências Sociais, Mestre em Psicologia Social, Doutor em Antropologia Urbana, além de palestrante sobre movimentos Sócios-Culturais. Em 2004 publicou em Portugal e no Brasil o livro “Tribos Urbanas: O Reggae, O Rap e a Radiografia das Metrópoles da Ótica dos Excluídos”.

Por Elisa Limbeck

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Doa a quem doer

"Para ser jornalista é preciso ter uma base cultural considerável e muita prática. Também é preciso muita ética. Há tantos maus jornalistas que quando não têm notícias, as inventam".

(Gabriel Garcia Márquez)


"Não tem que agradar ao dono, ao político, a nós mesmos. Tem que agradar ao público".

(Ricardo Kotscho)

Parabéns Comunicólogos!

Dia Internacional da Comunicação.

"Só depois que a tecnologia inventou o telefone, o telégrafo, a televisão, todos os meios de comunicação à longa distância, foi que se descobriu que o problema de comunicação mais sério era o de perto".

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 14 de maio de 2007

A dura restrição do jornalismo econômico no Brasil

Com um linguajar retraído e assuntos focados para a classe alta, o jornalismo econômico deixa de prestar um trabalho social

Por Elisa Limbeck

Atualmente, o jornalismo econômico passa por um relevante crescimento em decorrência das várias mudanças nas bases econômicas do país, como a democracia: maior independência e com um grande grau de concorrência.

Com uma linguagem particular, o economês, considerado uma codificação intencional, só serve para restringir ainda mais o jornalismo econômico a maioria da população. Por esse motivo é dirigido a uma classe elitista, isto é, àqueles que têm o poder (empresários e seus representantes).

Além dessa editoria, os jornais de grande circulação assumem também o jornalismo de serviço. Informam dicas diárias de como o leitor pode investir seu dinheiro. Uma abordagem um tanto quanto arriscada, pois nossa população é da classe média à baixa, fruto da má-distribuição de renda no país.

Pura hipocrisia. Como um cidadão que ganha uma renda formal ou informal de no máximo três salários mínimos para sustentar sua família, educar seus filhos e tentar ter uma boa condição de vida, pode ter condições de fazer aplicações ou investimentos.

Raramente conseguimos encontrar nesses veículos matérias relacionadas a condições de vida de nossa população. Tema esse que não tem forças para alcançar uma capa de um diário.

Décadas atrás tínhamos uma economia fechada, impulsionada pelo regime militar, totalmente autoritário. Mesmo sendo uma linha dura, na qual publicava o que o governo queria, havia críticas sobre o assunto.

Hoje, atua num sistema capitalista, concentrado na iniciativa privada (empresas particulares) e na relação com o setor público (governos, empresas estatais e órgãos públicos).

Com o início da globalização na década de 90, mudanças rápidas, competições no mercado e modernidade fizeram o jornalismo econômico perder um pouco da sua credibilidade. Outros valores começaram a se impor na economia, a exemplo da busca pela inovação tecnológica. Naquela época, muitas empresas nacionais quebraram e o índice de desemprego aumentou.

Já em 2000, foi grande a cobertura dos diários sobre a competição das grandes fábricas de veículos no país. Por outro lado, esqueceram de dizer que algumas delas fecharam suas filiais na capital de São Paulo, o maior pólo da economia no país, sendo alocadas no interior do estado ou no Nordeste, fazendo com que muitos brasileiros perdessem seu emprego.

A evolução do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante um ano – e as oscilações nas bolsas de valores são temas de real interesse para essa população?

Essa gama de notícias empresariais no meio do jornalismo econômico afasta o que devemos considerar o ideal, promover o bem estar social.