Boletim Semanal

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Pôr do Sol - foi Destak

No último sábado, 4 de agosto, fui ao Parque do Ibirapuera e não tive como me conter. Olhei para o sol, para a paisagem e quando vi o céu não deu outra. Saquei minha máquina digital e registrei uma cena que até parece um quadro pintado a tinta óleo.
Fiz várias fotos, mas a melhor foi esta publicada no Jornal Destak de hoje.

Acessem: http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=10948

E não se esqueçam de comentar no meu fotolog: www.fotolog.com/elisalimbeck

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Refletir...

"A vida é uma peça de teatro qua não permite ensaios... Por isso,
cante, ria, dance, chore e viva intensamente cada momento de sua vida,
antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos..."

Charles Chaplin
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"A liberdade consiste em fazer tudo o que não prejudica os outros."

Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão
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"Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz."

Gonzaguinha
Foto: Elisa Limbeck

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

O cinema na alma

Texto publicado no jornal “O Estado de S.Paulo”, no caderno “Aliás” deste domingo, me fez relembrar dos grandes cinemas que o centro da cidade tinha na minha infância e adolescência. E a doceria Vendôme, uma maravilha! Comprei meu primeiro bolo, quero dizer, com meu próprio suor, nesta doceria, para comemorar meu aniversário com os colegas de trabalho. Isso em 1993...
Tempos bons que não voltam jamais. Ainda bem que temos as lembranças, que nos purificam a alma, que nos faz olhar para trás e poder dizer: já participei dessa história, nem que tenha sido só parcialmente.
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O cinema na alma

Por 25 anos, ele desfilou Bergman, Antonioni, Buñuel, Godard na tela ‘classe A’ da Roosevelt

Laura Greenhalgh

Coincidência não é ficção. Mesmo quando beira o improvável, como a perda de dois dos maiores diretores de cinema no século 20 na última segunda-feira, um na Suécia, outro na Itália. Pois Ingmar Bergman e Michelangelo Antonioni morreram assim, como que fazendo uma molecagem com a platéia, precedida de um pacto com Deus. Encerraram a fatura de suas vidas com horas de intervalo entre um último suspiro e outro. Tanto dia para morrer e eles se foram no mesmo comboio. Gran finale.

Mais previsíveis são as coincidências que aproximam a vida do Nelson da história do Alfredo, personagem central de Cinema Paradiso. Tanto que um programa de TV, anos atrás, fez uma entrevista apressada com o Nelson, sapecou a trilha do Ennio Morricone ao fundo e cravou: ele é o Alfredo brasileiro. Ora, ora. Não que o Nelson evite ser comparado com o personagem interpretado por Phillipe Noiret, no filme de Tornatore. É que o Nelson, com esse jeito interiorano de ser, falante e encabulado ao mesmo tempo, entende um bocado de cinema. Mais que o adorável Alfredo. Saca umas coisas incríveis, pede licença para declarar “Eu amo a sétima arte” e, com propriedade, comenta a comparação que fizeram pra cima dele: “Pode até ser interessante, mas corre o risco de ficar piegas.”

Então, combinemos. O Nelson não é o Alfredo. Mas nós, ou seja, toda uma geração de freqüentadores e curtidores de cinema, viramos “Totó” nas mãos do Nelson. Acabamos por nos assemelhar ao garotinho que projetava olhares de emoção e descoberta na tela, enquanto, da cabine, Alfredo projetava fitas com beijos censurados. Porque Nelson Soares de Carvalho, 65 anos, o senhor da foto ao lado, não só nos revelou Bergman e Antonioni, mas também Fellini, Kurosawa, Malle, Buñuel, Godard, Gavras, Pasolini, Resnais, Wertmüller, Truffaut, Monicelli, entre tantos grandes diretores. Durante quase três décadas, ele foi o projecionista do Cine Bijou, ainda hoje o mais lembrado cinema de arte de São Paulo. “Antigamente, falava-se ‘operador de cabine’. Depois é que inventaram o termo ‘projecionista’, mais chique. A própria expressão ‘cinema de arte’ veio mais tarde. Primeiro dizíamos ‘cinema classe A’”.

De 1971 a 1996, Nelson “morou” na cabine do cineminha da Praça Roosevelt, no centro da cidade. Por ele circularam artistas e intelectuais de São Paulo, universitários ávidos por derrubar a ditadura, uma diversificada fauna urbana, hippies, desocupados, padres, senhoras bem vestidas, meninas de colégio, olheiros da repressão (vai ver até que algum era cinéfilo), fora os famosos moradores das redondezas. Quem, por exemplo? Até o vendedor de frutas do pedaço, ainda hoje com banquinha na ativa, é capaz de lembrar: Marília Gabriela, Ignacio de Loyla Brandão, Jardel Filho, Jacinto Figueira Jr., o Homem do Sapato Branco, a cantora Leni Everson...moradores da praça, sim senhor. Jô Soares, além de devorador das massas do Gigetto, também circulava no pedaço e não raro acomodava o corpanzil bem abastecido nas poltroninhas vermelhas do Bijou. Idem para a atriz Dina Sfat, ok, sem corpanzil, mas com uma beleza que faz o Nelson suspirar ainda hoje: “Vinha sempre aqui. Às vezes com o marido, Paulo José. Adoravam cinema.”A praça era lugar de bacanas e descolados na passagem para os anos 70 e o cinema vivia em boa companhia. Quase na esquina com a Consolação ficava o restaurante Baiúca, com móveis pé-de-palito, bar elegante e um piano teclado por Moacyr Peixoto, em torno do qual cantaram moçoilas como Claudette Soares e Ellis Regina - que tal? Ainda na praça, o cabeleireiro da moda (Jacques Janine) e uma doceira parisiense no estilo (a Vendôme). Pois no quartier, informa-se a quem não tem idade para saber, ficava o Bijou, inaugurado em 1962 por Harry Wilhoit, um ex-funcionário da Universal, supostamente francês, que um belo dia sumiu da praça e do Brasil.

VULCÕES DE EMOÇÃO

No final dos anos 60, Wilhoit vendeu o Bijou para Francisco Coelho, dono de cinemas no Brás e na Penha, e voltou para a Europa. Conta-se que nos primórdios, Wilhoit e a mulher, Teresa, comandavam pessoalmente a salinha de 137 lugares. Ela vendia o bilhete, ele o recolhia à entrada. Desde sempre o Bijou fez a opção pela qualidade. São Paulo tinha cinemas palacianos, como o Marabá, o Marrocos, o Olido, com platéias imensas, lustres, espelhos, escadarias, exibindo a produção de Hollywood para as massas. Já o Bijou, metido a besta, ficava com os planos heterodoxos de Resnais, os vulcões emocionais de Bergman, os silêncios de Antonioni, a visceralidade de Kurosawa.

Corta! Melhor interromper a história neste ponto, sem engatar nos 25 anos em que o Nelson ficou na cabine do Bijou, zelando pela projeção de filmes que fizeram cabeças e mudaram vidas. Porque a história de amor desse homem com o cinema, sem concessão à pieguice, começou lá trás, na cidade de Jales, interior de São Paulo. Flash back: o casal era pobre e tinha dez filhos. Destes, três morreram. Mariinha se foi aos 3 anos, dizem que ficou doente porque brincou com um gato. Eliseuzinho morreria mais tarde, como o pai, de enfarte do miocárdio. Celso, radialista, intelectual da família, admirado por todos, morreu dormindo, como Bergman. Nessa prole, Nelson é o filho que aos 11 anos foi buscar trabalho para ajudar a mãe. “Eu carregava tabuleta para anunciar o que estava em cartaz nos cinemas de Jales, até que um dia me jogaram na cabine. Aprendi na marra e fazia serviços gerais: varria o cinema, trocava lâmpadas, buscava os filmes na estação...”. Jales deveria ser um barato: o gerente do primeiro cinema da cidade, o Santa Helena, era um certo Aguinaldo que, na Semana Santa, acelerava o projetor a manivela para fazer mais sessões do filme A Paixão de Cristo, melhorando a arrecadação. Digamos que inaugurou o Cristo chapliniano, apressadinho, sob vaias da platéia. “Ô Aguinaldo, pára de correr. Pára, homem! Uuuuu!!!”. Ovídio, operador do cinema concorrente, foi o primeiro chefe do Nelson. Pôs o garoto diante de dois projetores 16 mm, deu instruções e passou a deixá-lo sozinho na cabine. Ovídio descia para prosear e lá ficava o Nelson, entregue a filmes como Imitação da Vida, uma espécie de desfibrilador de emoções.

É curioso: Nelson lembra muito bem do primeiro filme que projetou na vida, em 1953, mas não lembra da última sessão de cinema que comandou no Bijou. O primeiro filme chamava-se O Filho do Sol, rodado na Califórnia, cenário deslumbrante para o caso de amor da filha de um general com um índio chamado Olho D’Água - o general tinha lá suas razões, o mocinho era um canastrão, tremendo mala-sem-alça de cocar. “A fita tinha Jon Hall como protagonista”, cita Nelson, tentando azeitar a pronúncia. “Falar idiomas eu não falo. Mas entendo francês, inglês, italiano, espanhol. Minha cabeça ficou assim, um montão de sonoridades”. Não prosseguiu nos estudos. Parou na primeira série do ginásio, veio para São Paulo com a família em busca de vida melhor e acabou se enfurnando em outras cabines. “Não estudei porque não tive tempo. Minha literatura é o cinema.”Depois de perambular na Capital atrás de trabalho, deram-lhe um bico no restaurante O Laçador, no Brás, mas logo calhou de ser chamado para teste nos cinemas da empresa Serrador. Tinha de colocar os rolos na máquina, ter noção de enquadramento, sincronismo, controle de imagem e som, um troço complicadíssimo porque a qualidade da projeção dependia de acertos manuais. E ainda precisava controlar um tal carvão, que não podia gastar, nem queimar, nem nada. Nelson não tremeu na base. Nunca. Assim como Humphrey Bogart se deu bem no set, Nelson se deu bem na cabine. “Jamais cochilei em projeção. Fui pegando tanta prática que, independentemente dos projetores que me dessem, punha a fita no lugar certo só guiado pelas engrenagens, não precisava ficar olhando o quadro, checando numerinhos, nada. Fazia passagem de uma máquina pra outra no pé.”

O primeiro emprego em São Paulo foi no Cine Paulista, da Rua Augusta, nos anos 60. Lá, fizeram-lhe uma maldade. Operadores veteranos largavam tudo nas costas do novato. Daí o Nelson começou a caprichar na cabine. Limpou as lentes. Passou Kaol nas peças. Poliu espelhos refletores. Resultado: a projeção ficou uma beleza, o público comentava, o dono da sala passou a elogiar o novo funcionário. Pois os operadores, enciumados, resolveram sacanear o colega deixando queimar os carvões de propósito. Apagão na tela. “Fui demitido, mas perdoei o pessoal”, diz o Nelson, que tem uma ligação com o espiritismo.

DANÇANDO NA CABINE

Novo teste, contrato prometido nos Cines Can-Can e Moulin Rouge, mas eis que o chamaram para substituir Fausto, operador do Bijou, que saía em férias. E foi assim que, em 1971, Nelson entraria na cabine que mais amou na vida, amor de 25 anos de convívio e uma saudade perene. “Não me casei. Os amigos falam ‘Nelson, você precisa de uma mulher’, mas fui me acostumando à solteirice e me doei para o cinema. No tempo do Bijou, se tive dois Natais foi muito. Eram cinco sessões diárias, a primeira às 14 horas, a última à meia-noite. Dizem que operador é o peão do cinema, mas prefiro pensar que é o artista escondido.”

Francisco, o segundo dono do Bijou, manteve a programação “classe A” numa época fecunda do cinema estrangeiro, particularmente do europeu. Pode-se dizer que o cineminha da Roosevelt deu mais espaço para as produções de fora do que para a nacional, no tempo em que pontificavam por aqui nomes como Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade, Cacá Diegues, Arnaldo Jabor - “e Nelson Pereira dos Santos, como ele é bom”, agrega o xará, seguro de suas predileções. Mais tarde, Francisco resolveu fazer uma segunda salinha ao lado, com 116 lugares, que chamou de Bijou-Sérgio Cardoso. Levou para a cabine a “philipinha”, versão menor da “philipona”. Quer dizer, Nelson passou a comandar dois projetores Phillips, um em cada cinema, num corre-corre danado. Quando ficava sem ajudante, pedia ao Dimas, porteiro do Bijou, para controlar o carvão numa sala, enquanto corria para a outra, dando início à projeção. Ficava de lá para cá, mas não tirava o olho das telas. Nem desgrudava da história. Em Amarcord, clássico de Fellini, permitia-se dançar na cabine ao som da trilha insuperável de Nino Rota. “Pensavam que eu era louco ou bichona”, diverte-se. Lembra de minúcias de O Ovo da Serpente, filme que flagra, numa Berlim arrasada pela 1ª Guerra, a gênese do nazismo: “Há uma cena... o sujeito leva o charuto à boca calmamente, solta a baforada e dá uma risadinha. Aí tem Bergman!” As reminiscências brotam. “E aquela cena do sujeito na bicicleta, no Lacombe Lucien, do Louis Malle? ” Ou então: “Sabe o que é filmar uma árvore, o vento batendo nela e fazer com que entendam que você está tratando da memória? É o Bergman em Morangos Silvestres.”

Era um filmaço atrás do outro, público não faltava - formavam-se filas na rua, gente esperando pela próxima sessão - e os censores da ditadura poucas vezes criaram caso, apesar de a programação do Bijou turbinar o espírito de contestação da rapaziada. Os arapongas chiaram mesmo foi para dar alvará ao filme Mimi, o Metalúrgico, de Lina Wertmüller. Esse negócio de metalúrgico, greve, protesto ainda iria render no Brasil.
Trancado numa cabine e sem tempo para viver outra coisa, Nelson procurou a bebida. Foi fundo. “Cheguei a ser internado para me desintoxicar”, confessa. Pois foi a possibilidade de perder o Bijou que o salvou do alcoolismo. Uma noite, na solidão da cabine, conseguiu dizer ao maço de Arizona que levava no bolso da camisa: “Não vou mais te fumar.” Parou com tudo. Mas o centro da cidade, não. Continuou a se degradar. Grandes cinemas cederam aos filmes pornôs, outros fecharam portas ou viraram igrejas evangélicas. O restaurante, a doceira e o cabeleireiro se foram. Universitários da USP ganharam o câmpus distante. Gente fina mudou de itinerário, moradores de rua chegaram nos becos, o público sumiu. Salas de exibição nasciam nos shoppings e as casas ganhavam videocassetes, DVDs. Ah, a geração downloading não vai entender jamais como era bom se abrigar no Bijou, em plena tarde, e sair de lá outra pessoa.

Os anos 90 foram duros pro Nelson. Ele não aprovou quando o cinema teve que dividir as salas com grupos de teatro que passariam a arrendar o espaço, lá permanecendo. “Cheguei a fazer projeção para cinco pessoas, uma tristeza... Seu Francisco me dizia ‘Nelson, desiste, não tem mais aqueles filmes, os tempos são outros’. Duvidei. Se o cinema do shopping era bonito, a gente tinha que melhorar o Bijou. Aposto que o público voltaria!”

Última tomada! Hoje Nelson é um sem-cinema. Desempregado, dribla problemas de saúde decorrentes dos anos de cabine. Incomoda-o a maldita hérnia.Tenta viver com R$ 700 por mês, morando num fundo de casa do ex-patrão. Luxo, só um: economizou até comprar um aparelho de DVD e iniciar sua coleção de fitas. Tem 142. Vive para rever. A médica do INSS disse-lhe outro dia: “Seu Nelson, o senhor não tem nada.” Ao que ele respondeu: “Aparentemente.”

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

A Verdade está na cara mas não se impõe

Recebi um e-mail na semana passada contendo o texto do Arnaldo Jabor, conforme abaixo. Texto esse que me fez refletir e debater sobre o povo brasileiro. Por isso, a cada parágrafo fiz minhas opiniões em azul. E a sua opinião, qual é?

(Por Arnaldo Jabor)

Brasileiro é um povo solidário. Mentira!
Brasileiro é babaca. Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem pra ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza; aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade; não protestar cada vez que o governocompra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente otária.

Eleger o Lula, ou melhor, o analfabeto que o Jabor diz em poucas palavras para governar o país, não é ser tão babaca assim (neste caso, acho que o jornalista está sendo babaca com o preconceito escancarado). Afinal, me digam um governo que tenha sido fiel ao povo brasileiro, que nunca roubou dos cofres públicos, hein?
Agora, concordo com ele em não dar esmolas. A responsabilidade não é nossa. O pior é que muitos pedintes não querem um lanche, uma bolacha ou um refrigerante. Querem dinheiro para sustentar seus vícios ou de seus pais e familiares. Esses que muitas vezes abusam de crianças que deveriam estar na escola ao invés de ficarem nas ruas e faróis pedindo esmola. E aqueles que usam uma criança de colo? É lastimável.
Protestar? Estou pra ver o povo brasileiro criar coragem para ir as ruas com caras pintadas ou não para reivindicarem seus direitos, como fizeram no impeachment do Collor.
O que adianta, 1.000, 2.000 saírem às ruas se somos em média 180 milhões?
Enfim, o povo brasileiro não é solidário. É a lei da selva, da sobrevivência. Cada um por si. São babacas sim, por omitirem seus valores e deixarem que a mídia os manipulem.

Brasileiro é um povo alegre. Mentira!
Brasileiro é bobalhão. Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo ou do avião da TAM cair, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema. Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

Apoio total! Acho deprimente esse tipo de atitude de qualquer ser humano e em qualquer tipo de situação que envolva mortes ou doenças. Um dia após o acidente da TAM já tínhamos pessoas com estas benditas piadinhas de mau gosto. E aqueles que se aproveitam da situação para espalhar seu vírus pelos computadores do mundo.
O povo brasileiro é um bobalhão, que ri da desgraça alheia. Não tem compaixão. Claro, sou coerente também, pois temos um bom percentual de cidadãos que não aderem a esta prática. Mas, podemos considerar um grande número de brasileiros que são alegres também....inclusive no esporte. Mesmo com o acidente da TAM, muitos estavam torcendo pelos esportistas brasileiros. “Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor......”. Ao menos tivemos esta alegria, o espírito esportivo esteve presente a todo instante, sem contar o de Oscar Schmdt. Vamos pular essa parte.
Isso impressiona, nos unimos e pagamos para ver e torcer pelo bom desempenho de nossos atletas e não conseguimos tamanha ação para protestar pelas ruas a nossa indignação em que se encontra nosso país.

Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira!
Brasileiro é vagabundo por excelência. O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe - lá no fundo - que se estivesse no lugar dele faria o mesmo. Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não seja de vagabundo.

Neste caso ele está sendo generalista demais. Temos o povo batalhador, que de uma forma ou outra sai em busca de um emprego ou do ganha pão. Muitos não têm a oportunidade de iniciar uma carreira, como os nossos atuais adolescentes. Ou se começa a trabalhar de muito cedo, prejudicando os estudos, ou estuda e não consegue arrumar emprego. Pior são os recém-formados, que são submetidos a ganharem tão pouco no início de carreira, que por muitas vezes não é a mesma na qual dedicou anos de estudo, ganhando até menos de muitos estagiários do mercado.
Agora, fale sério. Quantas pessoas você conhece que gostariam de estar na pele desses deputados? Pessoas essas movidas pela preguiça, pela inveja, pela ambição não saudável. Eu conheço um monte, infelizmente.

Brasileiro é um povo honesto. Mentira!
Já foi; hoje é uma qualidade em baixa. Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O Brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

Essa é a realidade. Temos corruptos até onde não deveria ter. Como confiar num policial desses, se é ele quem deve nos proteger. Quanta ilusão. Eu não confio nem na minha sombra, rs.

90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira!
Já foi. Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa, e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

Não precisa dizer mais nada, né? Apesar de acreditar que ainda há pessoas honestas nestas condições. Poucas, mas há.

O Brasil é um país democrático. Mentira!
Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente. Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta não existedemocracia mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e as MPs) seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que tem como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.
Democracia isso?
Pense nisso!

TOP, TOP, TOP, pra nós. Sem comentários.

O famoso jeitinho brasileiro. Na minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou à política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto. Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né? Grande coisa...

Quem de vocês já não ficou com um troco errado?
Lembre-se que são os governantes deste país os culpados e não os comerciantes.

O Brasil é o país do futuro. Putz, meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avós se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro!? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

É, muitos tinham essa doce ilusão, assim como os nordestinos tinham da maior capital do país, São Paulo. A terra da oportunidade. Hoje, muitos não têm dinheiro para voltar as suas terras. Vivem de favor ou como moradores de rua, pedindo esmolas. Que situação!

Deus é brasileiro.Puxa, essa eu não vou nem comentar...O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira. Para finalizar tiro minha conclusão:O brasileiro merece!

TOP, TOP, TOP novamente! Brasileiro esquece fácil os fatos.

Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, nem tsunami, nem furacão. Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce! Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?
Reflitam...