Boletim Semanal

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Apelo

Trechos da carta de Aline Fernandes, irmã de João Hélio:


Socorro! Cadê a justiça? Ele é menor? Eu sei. Eu também sou, e meu bebê também era. Na hora que esse ‘menor’ apontou a arma pra minha cabeça e arrastou meu bebê até a morte, ele foi muito adulto. Agora é muito fácil pra ele ser tratado como uma criança, quando na verdade ele foi um monstro cruel e sem coração. Ele deve ser tratado como adulto! (...)

Tenho 14 anos e estou péssima. Minha família está sem chão, o Rio, emocionado e o Brasil, revoltado. Se essa não é a hora da mudança, quando será? Quando acontecer novamente? Quando mais uma vida for tirada por um homem de 16 anos? E o pior é que ele só vai passar 3 anos dentro de um centro de recuperação.(...)

O presidente e outros políticos, que não estão de acordo, das duas, uma: ou eles não têm filhos, ou eles não têm alma. Eles andam cercados de seguranças e permitem que esses crimes aconteçam. (...)

Brasília, acorda!!! O principal assassino, Diego, disse que não sabe o que é sentir a perda de um filho porque não tem um, mas, além de não ter filho, não tem coração. O Brasil está em fúria, pena de morte não resolve, eu desejo Justiça rigorosa e para os políticos peço consciência, que é hora de mudar.

Ao pai de Diego, eu agradeço de todo o meu coração, porque ele, sim, é um cidadão de bem, que teve uma atitude corajosa e digna de um ser humano. (...)

Peço a colaboração de todo o Brasil para que assinem o abaixo-assinado para a redução da maioridade penal e que participem da comunidade do Orkut: Joãozinho pede Justiça. Conto com a ajuda de todos.

Aline”


Acho que não preciso comentar mais nada.
Se você luta por um mundo melhor, sem injustiça e sem violência, dê um apoio a esta família e participe da comunidade no orkut.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Desabafo

Ontem, exatamente às 20h, presenciei uma cena que me fez refletir sobre a vida e sobre o comportamento do ser humano.

Um ato covarde de um ser humano, que acabara de se enforcar no Viaduto do Chá. Isso mesmo, pendurado por uma corda no pescoço, um homem branco, aparentando uns 30 anos, bem vestido, mas que num deslize tomou a iniciativa de suicidar-se. Como se tal atitude fosse resolver os problemas, principalmente os da família.

Nessa cena, pensei o que levaria uma pessoa à praticar um suicídio? Desemprego? Desespero? Sem esperanças? Sem forças para continuar lutando? O quê?

Na minha opinião acredito que devemos lutar, lutar e lutar. A vida não está fácil para ninguém, mas temos que omitir os problemas e tentar vencer o medo, o preconceito, o desemprego, a fome etc. Tentar superar as dificuldades, que não são nada fáceis. Claro, existem muitos que usam o lema "o mundo é dos espertos". No almoço, eu e minha amiga Débora Moura estávamos no caixa da pizzaria para pagarmos a conta. Uma senhora de idade ficou entre nós, entregou 1 real para o caixa tirar 0,30 centavos, pedindo que ele cancelasse o lanche, pois pegaria um pedaço de pizza para dividir em três pessoas, ela, uma mulher e uma criança. Minha amiga, com o coração partido, pagou dois pedaços de pizza. Que a Débora receba em dobro pela sua ação, mas, ao sair da pizzaria, ela comentou que agiu erroneamente, uma vez que a senhora entrou tão rapidamente entre nós e falou de uma forma que qualquer um que ouvisse, ficaria com dó.

Bom, voltando ao assunto, admiro aqueles que a cada queda se erguem e continuam lutando por seus objetivos. Não sei o que levou aquele homem que vi pendurado no Viaduto a cometer tal grosseria com sua vida, mas sei que neste momento alguém está chorando, sofrendo e se perguntando o porquê ele fez isso.

Registre sua opinião sobre suicídios. O que você acha desse ato covarde e sem coragem de continuar lutando.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Para motoristas, rixa com favela provocou ataques

Não foi o PCC. Pelo menos é o que dizem moradores e motoristas do Parque Bristol sobre os ataques a ônibus de anteontem. Na região, a versão é de que uma rixa entre moradores da Favela Califórnia e motoristas de ônibus teria provocado os atentados. "Aqui, o pessoal da favela é muito forte. Quase ninguém de lá paga ônibus. O pessoal da pesada vai de carona, sempre foi. O problema é que começaram a encrencar com isso. Estavam obrigando a turma a pagar", contou um motorista que não quis se identificar.

Outra versão corrente no bairro é de que algum motorista teria destratado uma moradora da favela. Ninguém soube dizer quem é essa mulher ou que tipo de humilhação sofreu. Todos os relatos descrevem os incendiários do mesmo modo: quatro adolescentes em duas motos.

A Rua John Audubon e a Praça Cílio Carnelós (locais onde ônibus foram queimados) são cercados por favelas. "Eles mandam aqui", disse um motorista. Principalmente nos pontos finais, os condutores ficam à mercê de todo tipo de intimidação. "Não tem para onde correr. Manda quem pode, obedece quem tem juízo." GILBERTO AMENDOLA

Matéria publicada hoje pelo jornal 'O Estado de S. Paulo', Metrópole - seção C4 - Crime Organizado, na qual a minha foto, vide acima, também foi publicada.


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Foto divulgada na Folha On Line

Confira a foto com meu crédito: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u131412.shtml

Novos ataques em São Paulo

Ontem, por volta das 21h15, dois motoqueiros incendiaram um ônibus com gasolina, cujo trajeto é Parque Bristol - Vila Mariana, na rua John Audubon.

Após meia hora, mais dois coletivos foram incendiados, sendo um ônibus e um microônibus, na rua Doutor Luís Gonçalves Junior e na rua Brigadeiro Amílcar Veloso Pederneiras. Não houve vítimas.

O secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Ronaldo Marzagão, diz que já houve caso de outro incêndio de ônibus causado por concorrência no setor de transporte e nada mais. Por isso acredita que os incêndios não foram causados pelo crime organizado.

Confira no post abaixo, imagens exclusivas no momento em que o primeiro ônibus foi incendiado.

Fotos: Elisa Limbeck

Fotos Exclusivas



segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007


Foto do dia:

Jovens seguram em poste de semáforo enquanto brincam em inundação em Jacarta, na Indonésia.


Obs: Não é só o Brasil que vive com grandes inundações.

Foto:
Dita Alangkara/AP

Calma Prefeito!

Cansado de uma série de manifestações nos últimos tempos, o Prefeito de São Paulo, Kassab, expulsa aos gritos nesta manhã um manifestante, que estava por coincidência na inauguração do posto de Assistência Médica Ambulatorial (AMA), em Pirituba, na zona oeste da cidade.

O manifestante não identificado, disse que tinha uma empresa de placas e faixas, e que foi prejudicado com a nova Lei Cidade Limpa.

O prefeito diz que acha um absurdo, uma falta de respeito fazer manifestações em centros de saúde.

É prefeito, muita calma nesses momentos. Afinal, você deve cuidar de sua imagem que cá entre nós, pegou mal a sua atitude.

Isso é só o começo do que está por vir, pois agora o prefeito irá mexer com os ambulantes.

Tem que ter muito fôlego, rs.

Foto: Elisa Limbeck

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

10 anos sem o líder do maracatu

Hoje, faz 10 anos que Chico Sciense teve sua carreira precocemente abortada por um acidente de carro.

Chico iniciou sua carreira nos anos 80 com o grupo Orla Orbe. Depois surgiu o Loustal, com tendências rock, hip hop, ska, funk e soul.


Em 1991, Sciense misturou o ritmo hip hop com o tambor de maracatu, chamando de mangue beat. Daí surgiu a banda Chico Science e Nação Zumbi, que em sua musicalidade misturava rock, black music, rap, maracatu, música eletrônica e coco.


A banda gravou os discos "Da Lama ao Caos e Afrociberdelia", sendo suficientes para deixar sua marca e elevar o Recife-PE.


Mesmo após sua morte, o ritmo do mangue beat é lembrado por vários músicos e bandas, como Mundo Livre S/A, Otto, Nação Zumbi, entre outros.


Caso você seja fã do Chico Sciense ou apenas simpatize com o ritmo do mangue, deixe sua homenagem para o músico brasileiro que fez história em tão pouco tempo.



Foto: Divulgação


quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Estações do metrô sem lixeiras

Limpeza nas plataformas são prejudicadas pelos denúncias de bombas falsas

A Companhia Metropolitano de São Paulo – Metrô, retirou no início dessa semana 888 lixeiras das plataformas nas estações de trens, com intuito de evitar novas denúncias de bombas falsas e paradas indevidas dos trens.

Ao invés do metrô intensificar a fiscalização nas estações, retiram as lixeiras. Será que essa é a melhor medida para assegurar os seus usuários? Como os cidadãos farão com o lixo nas plataformas? Colocarão no bolso, na bolsa, segurará na mão até sair da estação, pois nas áreas externas ainda constam lixeiras ou será que teremos que conviver também com o lixo no principal meio de transporte da cidade ou melhor, do país.

Comente, critique, demonstre sua indignação ou elogios aos serviços públicos de nossa cidade. Lembre-se que pagamos por estes serviços.