Boletim Semanal

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Poço de Sensibilidade

Ira!


Por entre ruas, entre carros e placas
Luzes, cheiros e toques

Eu sou um poço de sensibilidade
te buscando na cidade
Eu sou um poço de sensibilidade

Entre veludos e cetins
Fantasias e brinquedos
Desejos e um certo medo
Cheiros e toques

Eu sou um poço de sensibilidade
Te buscando na cidade
Eu sou um poço de sensibilidade

O seu sorriso no meu dia-a-dia
A sua palavra em meu vocabulário
Minha professora, eu aprendi tudo errado
Te buscando na cidade
Eu sou um poço de felicidade

Com seu nariz furando o vento
Com um certo ar de autoridade
Eu fico louco, louco de saudade
Sou um cara afortunado
perto de ti eu sou um poço de sensibilidade.

Acima de tudo

Quando se quer algo, que a princípio parece impossível de se ter nos dá mais garra para alcançá-la. Pelo menos é assim comigo. Gosto de desafios. Gosto de me arriscar, nem que eu perca no final, mas pelo menos eu tentei.

Por mais difícil que seja a trajetória ou o desenrolar da história, nunca se deve perder a 'esperança'.

Lembro-me como se fosse hoje, o meu amigo João Ricardo me dizendo: "querida, não se arrependa pelo o que você fez, mas sim pelo o que você não fez".

Às vezes chego a ser até imprudente, porque não sigo a minha mente (a razão), mais sim o meu coração. Um estado melancólico por muitas vezes, meio que misturado a ilusão, ao encantamento, a expectativa, a paixão, ao amor, ao pulsar... Como é bom. Um conjunto que mostra que você está viva, que a vida continua e que sempre podemos melhorar.

Como eu disse a minha amiga e irmã Lilian, para quem está de fora é fácil dizer e até julgar, porém, só quem vive é que pode dizer o que está passando e sentindo.

E a minha amiga Ana! Seu último conselho foi o melhor: "miga (é assim que ela me chama) siga o seu coração! Talvez sem estas palavras eu não tenha tido coragem para seguir em frente.

Lágrimas de desespero, de solidão, de impotência diante da situação, que num piscar de olhos se transforma em sorriso, em choro de alegria, prazer, satisfação, querer e poder! De uma ave indefesa, você se vê transformada numa tigresa com unhas afiadas que protege sua presa com as garras.

Sei que muitos não vão entender muito bem o que eu estou querendo dizer, mas quem está presente no meu dia-a-dia e compartilha comigo minhas tristezas e alegrias e torce e sempre torceu pela minha felicidade, sabe que é apenas o começo dessa história.

Nunca percam a esperança. Lutem por aquilo que acreditam. Siga o seu coração e será feliz, assim como eu!

Abçs,
Elisa Rodrigues

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Para refletir...

Eu sei que a gente se acostuma.
Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E, a saber, que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(Marina Colasanti)


De tanto se acostumar com as coisas da vida, com as notícias ruins que vemos noticiadas todos os dias, a gente se acomoda e deixa de viver a vida! Deixa de olhar para o lado e lutar pelos nossos objetivos e por tudo o que acreditamos, até como cidadãos. Muitas vezes passamos até por cima de nossos princípios.

É preciso muita coragem e determinação para encarar a situação de frente e tomar decisões que podem mudar completamente o rumo da sua vida e até de pessoas que fazem parte dela.

Se o resultado será positivo ou não, não sabemos, não há como adivinhar. Só o tempo dirá!
Afinal, o que seria da humanidade se alguns não tivessem coragem de mudar ou de simplesmente tentar?

O mundo, as pessoas e a vida, não são perfeitos. Se fossem, não haveria graça e nem sentido para lutar e tentar mudar a história de um país, de uma pessoa, de uma VIDA!

Lembre-se: nunca é tarde para recomeçar e apostar no que se acredita ser o melhor para você neste momento, pois cada um é que sabe o que é melhor pra si.

Elisa Rodrigues